MPRS desmonta império milionário do tráfico: rede nacional de lavagem de dinheiro é desarticulada em megaoperação!
- Dr. Cláudio Cezar Freitas
- há 7 horas
- 3 min de leitura

Uma ação de grande envergadura foi deflagrada nesta quinta-feira (16) pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio da Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre, com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO). Batizada de Operação Expansionista, a ofensiva teve como objetivo desarticular uma organização criminosa altamente estruturada, especializada na lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas e que teria acumulado, segundo estimativas, cerca de R$ 180 milhões em patrimônio ilícito.
As ações ocorreram de forma simultânea em seis estados brasileiros e no Distrito Federal, com o apoio das forças de segurança locais, do GAECO de outras unidades da Federação e da Brigada Militar. As investigações, conduzidas ao longo de meses, revelaram uma complexa rede de movimentações financeiras que se estendia por diversos ramos empresariais, com o objetivo de ocultar a origem criminosa dos valores.
Segundo o MPRS, o núcleo financeiro do grupo estava sediado no Rio Grande do Sul e funcionava como uma espécie de central de repasse, abastecendo empresas em outros estados com dinheiro proveniente do tráfico. As transações envolviam a utilização de empresas de fachada e pessoas interpostas (os chamados “laranjas”), simulando operações bancárias e comerciais legítimas.
Entre os negócios utilizados para mascarar os recursos, foram identificadas uma distribuidora de bebidas, uma prestadora de serviços administrativos e uma malharia, todas com sedes fora do Rio Grande do Sul. Apenas essas três empresas teriam movimentado mais de R$ 110 milhões no período investigado, segundo levantamento dos promotores.
Durante a operação, foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão em 19 municípios brasileiros, além do bloqueio judicial de contas bancárias pertencentes a 29 pessoas físicas e seis empresas, totalizando R$ 180 milhões em valores indisponibilizados. No Rio Grande do Sul, as ações se concentraram em Porto Alegre (inclusive na Cadeia Pública), Novo Hamburgo, Canoas, Sapucaia do Sul, Parobé e Taquara.
Além do território gaúcho, as equipes também atuaram em Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Goiás e Bahia, além do Distrito Federal. O promotor de Justiça José Eduardo Coelho Corsini, responsável pela investigação, destacou a magnitude da operação e o impacto do esquema criminoso sobre a economia formal:
| “Estamos diante de uma estrutura complexa, com múltiplas camadas de ocultação e integração de capitais. Esse tipo de atividade causa sérios prejuízos à economia, distorce a livre concorrência e mina a confiança da sociedade nas instituições financeiras e empresariais”, ressaltou Corsini.
O coordenador do GAECO no Rio Grande do Sul, promotor de Justiça André Dal Molin, acompanhou parte das diligências em Goiânia (GO) e reforçou a importância da cooperação interestadual no enfrentamento ao crime organizado:
| “O crime não tem fronteiras. Por isso, a integração entre os GAECOs estaduais e as forças policiais é fundamental para atingir as estruturas que dão sustentação financeira a essas organizações”, afirmou Dal Molin.
Com a apreensão de documentos, computadores, celulares e mídias digitais, o MPRS pretende aprofundar a investigação para rastrear outros envolvidos e ampliar o mapeamento das empresas que integravam o circuito de lavagem. O material recolhido passará por análise técnica e perícia contábil, com o objetivo de identificar novos fluxos financeiros suspeitos, contas no exterior e possíveis vínculos com organizações de tráfico internacional de drogas.
A Operação Expansionista representa mais um duro golpe contra o crime organizado no país, especialmente contra os mecanismos de dissimulação de patrimônio ilícito que permitem a expansão das facções criminosas. Segundo o MPRS, novas fases da operação não estão descartadas, já que as investigações continuam em andamento.
| “A mensagem é clara: o Ministério Público e as forças de segurança estão atentos e atuantes. Não há espaço para impunidade”, concluiu o promotor Corsini.
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