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Por Que a China Quer Tanto a Soja do Brasil

  • Foto do escritor: Dr. Cláudio Cezar Freitas
    Dr. Cláudio Cezar Freitas
  • 21 de set.
  • 4 min de leitura

Atualizado: 24 de set.

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O motivo está em um mercado de carnes estimado em US$ 258,17 bilhões até 2030; entenda o que o país asiático procura


Entre 2021 e 2025, o Brasil embarcou 242,8 milhões de toneladas de soja para a China no período de janeiro a julho, segundo dados da Secex/Agrostat. O volume anual variou de 35,3 milhões há cinco anos, a 77,2 milhões de toneladas, como ocorreu neste ano. Mas por qual motivo a China precisa tanto da soja brasileira? O fundamento está em uma das mais impressionantes transformações socioeconômicas da história moderna. Em menos de cinco décadas, o país asiático saiu de uma economia predominantemente rural e pobre para se tornar a segunda maior economia mundial, criando uma classe média robusta e ávida por consumo que está redefinindo os mercados globais de alimentos.


Estimativas apontam que cerca de 300 milhões de chineses integram hoje essa nova camada social, um contingente populacional maior que toda a população dos Estados Unidos. Esta massa de consumidores, com poder aquisitivo crescente e padrões alimentares cada vez mais sofisticados, está impulsionando uma demanda explosiva por proteína animal que reverbera em escala planetária.


O mercado de carne da China foi avaliado em US$ 83,68 bilhões em 2024 e deve atingir a impressionante marca de US$ 258,17 bilhões até 2030, representando uma taxa de crescimento anual composta de 20,72%. Este crescimento mostra também uma sofisticação do paladar e preferência por produtos de maior qualidade e valor agregado.


A demanda chinesa por proteína já ultrapassa 56 milhões de toneladas métricas anuais, consolidando o país como o maior mercado de carne da Ásia e um dos principais motores do comércio global de alimentos.  Para 2030, as projeções indicam que a China manterá sua posição dominante em todos os cenários econômicos possíveis, continuando a ser o maior mercado mundial de proteína animal.

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A Supremacia Suína: Dominando Meio Mundo

A China produz mais da metade de toda a carne suína consumida globalmente, com números que chegaram a 57,9 milhões de toneladas métricas em 2023, representando um recorde histórico após a recuperação da devastadora crise da Peste Suína Africana que dizimou rebanhos entre 2018-2020.


Essa agroindústria chinesa tem passado por uma transformação radical nos últimos anos, depois de perder cerca de 225 milhões de suínos por causa da doença,  uma catástrofe que impactou 0,78% do PIB chinês em perdas econômicas.  Grandes empresas suinícolas emergiram mais fortes, investindo em tecnologias e fazendas verticais em edifícios de múltiplos andares para aumentar a eficiência produtiva.


Atualmente, a China representa cerca de 46% da produção mundial de carne suína e aproximadamente metade do consumo global.  O crescimento do consumo também está dado para o setor avícola, que está experimentando um crescimento robusto e o mercado de carne bovina, tradicionalmente menor na China, está vivendo uma expansão significativa.


Projeções indicam que este segmento deve alcançar receitas de US$ 124,3 bilhões até 2030, com uma taxa de crescimento anual de 4,9%. A carne bovina hoje na China é um símbolo de status e sofisticação culinária.


A Dependência da Soja: O Elo Vulnerável da Cadeia

Por trás deste impressionante crescimento no consumo de proteína animal está uma infraestrutura complexa e uma dependência crítica de matérias-primas importadas, especialmente a soja. Os rebanhos chineses de suínos, aves e bovinos são alimentados com ração à base de soja, criando uma demanda voraz por este grão que tem implicações geopolíticas.


A China importa quase a totalidade da soja necessária para produzir farelo. As estimativas são de que essas compras é que vão suprimir toda a demanda de consumo dos rebanhos. Já no milho, onde o país é um grande produtor, as importações devem representar cerca de 10% do suprimento total de milho até 2030.


Os chineses produzem atualmente cerca de 20 milhões de toneladas de soja por ano, e há um esforço para que vá a cerca de 35 milhões de toneladas. As quantidades parecem impressionantes até serem confrontadas com sua demanda doméstica: mais de 115 milhões de toneladas anuais. Esta disparidade astronômica, onde a produção doméstica supre apenas 15-20% do consumo total, criou uma das maiores vulnerabilidades estratégicas da segunda maior economia mundial e um dos fenômenos mais significativos do comércio global de commodities.


Com importações que superam 100 milhões de toneladas anuais, a China sozinha responde por cerca de dois terços de todo o comércio internacional de soja. Para colocar isso em perspectiva, o país importa mais soja do que muitos países produzem de todos os seus grãos combinados.


Esta dependência não é meramente estatística, ela representa o elo mais frágil na cadeia de segurança alimentar chinesa. Foi ela que criou um dos mais complexos triângulos geopolíticos da economia global, envolvendo China, Brasil e Estados Unidos.


O Brasil emergiu como o grande beneficiário desta dinâmica. Aproveitando-se das tensões comerciais sino-americanas, o país consolidou sua posição como principal fornecedor de soja para a China, respondendo por mais de 70% das importações chinesas.


Fonte: Fobes




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