Ciclone obriga Portos RS a prorrogar em seis meses dragagem de quatro canais; obra na Feitoria será antecipada
- Dr. Cláudio Cezar Freitas

- 15 de set.
- 2 min de leitura

O contrato de dragagem dos canais Leitão, Pedras Brancas, Furadinho e São Gonçalo, na Lagoa dos Patos, que deveria ser concluído em agosto, foi prorrogado por seis meses. Segundo o presidente da Portos RS, Cristiano Klinger, o excesso de chuvas e o ciclone extratropical entre maio e junho atrasaram o andamento das obras.
Já no caso do canal da Feitoria — considerado um dos principais gargalos para a navegação até o porto de Porto Alegre — a estatal decidiu antecipar a licitação. A medida atendeu a forte pressão de empresas usuárias da hidrovia. O objetivo é alcançar o calado operacional de 5,18 metros, condição necessária para o tráfego de grandes navios.
A praticagem, no entanto, critica a lentidão das ações e aponta falhas na estrutura portuária da Capital. O diretor de praticagem da Lagoa dos Patos, Geraldo Almeida, afirmou que, na prática, os trabalhos avançaram apenas nos canais de Pedras Brancas e Leitão, sendo que o maior prejuízo ocorreu no primeiro. “Foram dois meses perdidos, e não há garantia de que, mesmo com a dragagem concluída, os navios voltem. O porto precisa recuperar credibilidade junto a armadores e operadores de carga. Os reflexos das enchentes de 2024 ainda comprometem toda a economia do Rio Grande do Sul. Não vejo solução completa antes de três ou quatro anos”, avaliou.
O atraso também gerou impacto financeiro. Klinger explicou que, devido às intempéries, os equipamentos da empresa Ster — responsável pela dragagem — ficaram parados por 15 dias e parte dos sedimentos retornou aos pontos já dragados. Com isso, o custo inicial de R\$ 58,8 milhões subiu em R\$ 11 milhões. “Vamos acompanhar de perto para que o serviço seja concluído antes do prazo”, garantiu o presidente da estatal.
Enquanto isso, cresce a pressão de usuários da hidrovia. A Unifertil, principal cliente do porto da Capital, enviou ofício à Portos RS no fim de agosto pedindo “urgência urgentíssima” na dragagem da Feitoria e na liberação da navegação de longo curso já em 2025. A empresa alertou que, se a situação se prolongar até 2026, poderá desmobilizar operações, desistir de arrendar armazéns portuários e encerrar unidades deficitárias em Canoas e Porto Alegre.
As enchentes de 2024 já deixaram marcas profundas no setor. A tradicional Azevedo Bento, fundada em 1855 e fabricante do Sal Pirata, encerrou suas atividades em agosto. Para Klinger, manifestações de empresas como a Unifertil reforçam a necessidade de respostas rápidas. “Elas mostram o quanto é urgente executar as ações previstas”, afirmou.
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