Porto Alegre com ventos fortes, bairros alagados, cortes de energia e hospitais inundados na última chuvarada

Dr. Cláudio Cezar Freitas
17 de jan. de 2024
2 min de leitura

Todas as equipes da Defesa Civil de Porto Alegre foram acionadas quando fortes chuvas atingiram a capital gaúcha na noite de terça-feira (16).

A força do vento derrubou cerca de 150 árvores, hospitais foram inundados, ruas foram fechadas, o abastecimento de água foi danificado e os bombeiros tiveram que ajudar a resgatar pessoas que ficaram presas.

Segundo a MetSul Meteorologia, 75 milímetros de chuva caíram na cidade antes da meia-noite (17). A média histórica de todo o mês de janeiro é de 120 milímetros. O Climatempo informa ventos de 107 km/h na Base Aérea de Canoas e 89 km/h no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, por volta das dez da terça-feira.

A Secretaria de Saúde do município informou que o pronto-socorro estava sofrendo com o retorno da rede de esgoto, e houve alagamentos na emergência e no 5º andar.

Os Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul e Lomba do Pinheiro funcionaram com gerador elétrico.

Pacientes do setor PUC-RS do Hospital São Lucas estão sendo remanejados. Houve danos no telhado de dois andares e parte do telhado desabou sobre dois leitos de UTI, afetando inclusive a realização de exames e deixando avarias.

A emergência e o centro de imagem estão submersos e 10 leitos do SUS estão temporariamente inutilizáveis. Cirurgias devem ser restringidas ou suspensas.

Pacientes dos hospitais Bom Jesus Independência e Pronto Atendimento também tiveram que ser transferidos para outros setores.

No auditório do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas, que registrou as enchentes, o vento quebrou os vidros.

O Hospital Fêmina também inundou quase todos os andares. O Instituto de Cardiologia informou que os consultórios de hemodinâmica não estão funcionando. A central do Samu, responsável por 192 atendimentos, também foi afetada pelas enchentes e pela destruição do entorno.

Os hospitais Nossa Senhora da Conceição e da Santa Casa relatam ponto de alagamento, mas sem danos a pacientes, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. O Hospital Santa Ana registrou pontos de infiltração e água acumulada.

O Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul recebeu dezenas de chamados para árvores caídas com a tempestade e pessoas precisando de resgate.

A Defesa Civil apontou a queda de inúmeras árvores. Por volta de 00:20 desta quarta-feira, a Empresa Publica de Transporte e Circulação contabilizava 21 ocorrências devido às chuvas, sendo sete vias com bloqueio total por acúmulo de água na via, seis por bloqueio total em função de árvores caídas e uma por semáforo em amarelo piscante.

Uma árvore caiu sobre um carro nas proximidades do Bom Fim. Mais um acidente de carro na Rua Conde de Porto Alegre. Na Rua Dona Margarida, uma banca de jornais desabou ao lado da Secretaria de Segurança Pública.

Um total de 22 casas de bombas (águas pluviais) e cinco estações de tratamento de água ficaram sem energia elétrica, o que pode afetar o abastecimento de água em vários locais.

Na estrada da BR-448, passando pela Arena do Grêmio, uma estrutura metálica desabou e bloqueou a estrada.

O governador Eduardo Leite disse no domingo (14) que as chuvas já causaram 10 mortes no estado.