Do café ao eletrônico: silêncio não é uma opção e preços em alta vão exigir transparência do varejo
- Dr. Cláudio Cezar Freitas
- 10 de ago.
- 2 min de leitura

Com a tarifa dos EUA já em vigor, advogada especialista alerta que varejistas precisam comunicar claramente aumentos para evitar riscos legais e preservar a confiança do consumidor
Com a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre uma lista de produtos brasileiros já em vigor, o setor varejista no Brasil enfrenta pressão sobre custos, cadeias de suprimento e preços finais ao consumidor.
Para a advogada Débora Farias, especialista em Direito do Consumidor e consultora jurídica de empresas do varejo, o risco mais urgente não está apenas nos reajustes, mas na forma como as empresas comunicam os impactos ao público.
“O silêncio, nesse caso, custa caro. Quando o consumidor percebe aumentos sem explicações claras, a marca pode ser acusada de omissão, publicidade enganosa ou quebra de confiança — com reflexos legais e reputacionais graves”, afirma.
Mesmo empresas que não importam diretamente dos EUA devem ficar atentas. “A cadeia de abastecimento é interligada. Se um insumo encarece por conta da tarifa, isso afeta o produto final — e o consumidor tem o direito de saber por quê.”
Débora destaca que a transparência deve estar presente desde os canais de atendimento e rótulos, até a comunicação de marketing e posicionamentos institucionais. “É essencial que o jurídico participe ativamente da construção dessas mensagens. O Código de Defesa do Consumidor exige informação clara e precisa. E, no atual cenário, isso também é um diferencial competitivo.”
Ela aponta ainda um ponto pouco discutido: o café, que está na lista dos produtos tarifados, acende um alerta sobre o que realmente está sendo vendido nas prateleiras brasileiras. “É uma oportunidade para que as marcas se posicionem de forma transparente sobre a origem, qualidade e valor real dos produtos. Isso fortalece a relação com o consumidor.”
Com a perspectiva de inflação, instabilidade econômica e retração de investimentos, a especialista alerta: “Quem se antecipa, protege sua imagem. O varejo precisa agir não apenas por obrigação legal, mas por inteligência de negócio.”
Sobre Débora Farias:Débora Farias é advogada com atuação destacada nas áreas de Direito Empresarial e Direito do Consumidor, com foco especial em fraudes bancárias, relações de consumo e o setor varejista. Preside a Comissão de Direitos e Prerrogativas dos Advogados da OAB e é conselheira da Comissão das Mulheres Advogadas, ambas na Subseção Vila Prudente. Atualmente, integra a equipe do escritório Duarte Tonetti Advogados como sócia da área Consumerista.
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